O prefeito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira, empreendeu uma maratona de reuniões em Cuiabá nesta quarta-feira (19), buscando soluções para três problemas críticos que assolam o município: a crise financeira da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder), o avanço do crime organizado e o pagamento de precatórios em atraso. As visitas estratégicas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) e ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) revelaram a complexidade dos desafios enfrentados pela administração municipal.
Crise na Coder: Um modelo insustentável
A situação da Coder, com uma dívida astronômica de R$ 262 milhões, foi o primeiro ponto da agenda do prefeito. No TCE-MT, o conselheiro Valter Albano, presidente da Comissão de Normas, Jurisprudência e Consensualismo, propôs a instalação de uma Mesa Técnica para analisar o caso.
“Adiantei ao prefeito que, no mundo inteiro, esse modelo [da Coder] não se sustenta mais. É um modelo falido,” afirmou Albano, acrescentando que “o Governo de Mato Grosso se libertou disso no primeiro mandato do governador Dante de Oliveira, na década de 90.”
A preocupação com os trabalhadores da Coder foi destacada tanto pelo prefeito quanto pelo conselheiro. Ferreira enfatizou: “Temos encontrado apoio do TCE, em especial para os trabalhadores da Coder. Tenho dito sempre que o dever do capitão é que, se o navio for afundar, cuidar da tripulação.”
Combate ao crime organizado: Pleito por vara especializada
Na sequência, em audiência com o presidente do TJ-MT, desembargador José Zuquim Nogueira, Ferreira solicitou a instalação de uma Vara Especializada Contra o Crime Organizado em Rondonópolis. O pedido ganha urgência diante do avanço das facções criminosas na região.
O prefeito citou um incidente recente que alarmou a comunidade local: “Nesta terça-feira (18), dois criminosos invadiram uma padaria em Rondonópolis, roubaram R$ 25 e atearam fogo no estabelecimento. Esse caso assustou muito os empreendedores locais.”
Precatórios em atraso: Risco de inadimplência
O terceiro tema abordado foi a questão dos precatórios em atraso, um problema herdado da gestão anterior que ameaça bloquear repasses federais e estaduais ao município. Ferreira informou que o valor inicial verificado é de cerca de R$ 13 milhões.
“Ao nosso entendimento, o gestor anterior deveria ser penalizado caso não cumprisse com as obrigações de fazer o pagamento desses precatórios,” argumentou o prefeito, ressaltando que a situação “pode trazer muitos transtornos, até irreparáveis” para o município.
Próximos passos e expectativas
-Mesa Técnica do TCE-MT: Análise detalhada da situação da Coder, buscando soluções viáveis para a companhia e seus funcionários.
-Avaliação do TJ-MT: Consideração sobre a instalação da Vara Especializada Contra o Crime Organizado em Rondonópolis.
-Audiência remota: Agendada para sexta-feira (21) com o TJ-MT para tratar especificamente da questão dos precatórios em atraso.
O prefeito Cláudio Ferreira demonstrou cautela, mas também otimismo diante dos desafios: “É sempre muito importante o Município ser acolhido pelo TCE e TJ-MT, especialmente nessas situações críticas que envolvem a economia local e o futuro da cidade. Tenho certeza que vamos encontrar um ajuste para seguir adiante.”
Impacto na comunidade
Estes três desafios – a crise da Coder, o avanço do crime organizado e os precatórios em atraso – têm potencial para impactar significativamente a vida dos cidadãos de Rondonópolis. A resolução da situação da Coder pode afetar centenas de famílias que dependem da companhia. O combate ao crime organizado é crucial para a segurança e o bem-estar da população, enquanto a questão dos precatórios pode influenciar diretamente a capacidade do município de investir em serviços essenciais e infraestrutura.
Qual dessas questões vocês acreditam que deveria ser priorizada pela administração municipal? Compartilhem suas opiniões e experiências nos comentários abaixo.

Fonte e Fotos: Gcom Rondonópolis