Na última terça-feira, durante sessão da CEI da da Santa Casa, o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM) de Mato Grosso, Diogo, foi convocado para prestar esclarecimentos na Câmara. Mesmo tendo se manifestado em diversos meios de comunicação, ele optou por não comparecer pessoalmente, justificando sua ausência com um ofício que o assegura à disposição para responder documentalmente.
Justificativas e Controvérsias
O vereador Ibrahim Zaher, presidente da CEI, destacou que a convocação direcionada ao presidente do CRM foi feita para aproveitar as informações relevantes que ele havia divulgado publicamente, inclusive sobre possíveis desvios de recursos e mau uso de verbas na Santa Casa. A ausência dele gerou estranhamento, especialmente considerando que, como representante da classe médica, deveria contribuir para o aprimoramento dos serviços de saúde. A justificativa apresentada, de que o CRM é um órgão federal e, portanto, não estaria sujeito à fiscalização pela Câmara, não convenceu os vereadores, que enxergam na situação um risco à transparência e à integridade das investigações.
O relator da CEI, vereador Vinicius Amoroso, também se pronunciou sobre a situação. Ele ressaltou que a convocação do presidente do CRM foi feita para garantir que todos os envolvidos na gestão da saúde contribuam com esclarecimentos indispensáveis. Segundo Vinicius, a ausência deste profissional, que já havia se manifestado por meio de ofícios e entrevistas, compromete a eficácia dos trabalhos investigativos. O relator enfatizou a necessidade de todas as partes colaborarem abertamente para que a população possa ter acesso a informações claras e precisas, garantindo a tomada de decisões fundamentadas e o fortalecimento da confiança pública na gestão da saúde.
Novas Convocações e Ações Jurídicas
Em resposta à recusa, os vereadores afirmam que uma nova convocação já foi encaminhada, inclusive com a previsão de uso de medidas jurídicas para obrigar o comparecimento do presidente do CRM. Paralelamente, foi marcada a audiência com a ex-diretora da Santa Casa, Bianca Talita, que deverá prestar seus esclarecimentos na próxima terça-feira, às 16 horas. A decisão de transmitir as audiências visa reforçar o compromisso com a transparência e permitir que a população acompanhe de forma direta os avanços na investigação.
A recusa do presidente do CRM em comparecer pessoalmente à CEI levanta questões sobre a responsabilidade e a transparência dos gestores na área da saúde. Essa postura pode influenciar o andamento das investigações e a forma como as instituições públicas se relacionam com a sociedade. Como as medidas adotadas para garantir o esclarecimento dos fatos afetarão a confiança dos cidadãos na gestão da saúde municipal e estadual?
Deixe sua opinião nos comentários e participe dessa discussão para ajudar a moldar o futuro da transparência nas ações de saúde!
Por Ezequiel Ferreira